terça-feira, 3 de novembro de 2009

Próxima estación, Universidad Autónoma


Pela primeira vez, andei no tal trem. Imaginava que seriam aqueles trens antigos, mas é igual metrô. Eu, matuta, fiquei no Ferrocarriles esperando algum que viesse escrito “S55 Universidad Autónoma” e nada de ele passar. Tinha que chegar lá às 16 horas, pra fazer minha matrícula, claro que minha matutice me atrasou. Vi um monte de estudante com a pastinha verde da Autónoma. Todos partiram antes de mim, porque eu tava esperando o S55. Devia tê-los seguido, claro. Meia hora de espera, percebi que havia algo errado. Me explicaram que eu tinha de pegar o "S2 Sabadell", que ia até lá. Ah tá, essa informação não tava escrita em lugar algum.
Na saída da Autónoma, me perdi. Vi que sou o contrário da maioria: consigo chegar aos lugares, não sei é voltar. Dentro da universidade, não encontrava mais de jeito nenhum a estação de trem. Era noite, estava escuro e eu cada vez mais longe do campus. Voltei tudo de novo, mas não achava o caminho. De tanto descer e subir e de tanta pressa e nervosismo, tive um princípio de crise asmática. Tava ficando desesperada e me senti de fato perdida. Nem entendia a explicações que me davam. Até que uma mulher se dispôs a me ajudar: em catalão! Aí foi pra acabar, não entendi nada.
Segui meu instinto e só Deus sabe a emoção que senti quando ouvi o barulho do trem. Hoje, no claro, vou andar tudo ali no campus pra não me perder de novo. Foi um alívio ouvir aquela voz: “Próxima estación, Gràcia”. Nada como se encontrar.

4 comentários:

Deli disse...

Lili, eu imagino como vc deve ter ficado, pânico geral, mas ai é sentar e respirar fundo, colocar a cabeça no lugar. Eh, saudades do Aristides.kkkkkk

luizano disse...

Deli, e eu pensando que o Aristides era gente, e ficava pensando quem é esse cara que a Li nunca me falou???

Liana Aguiar disse...

Hahahaha... Ai, Lu.

Vanessa disse...

Só de ler esse texto já foi dando uma falta de ar, credo! kkkkkk... Mas esses perrengues são essenciais, você sabe, né? Pense na quatidade de histórias que você terá para contar para os netos, rs...

Obs: O Aristides deve estar sendo bem cuidado, né? Fiquei sabendo que a chave dele foi passear no Tóca só para que uma certa motorista não ficasse desfilando por aqui, rs...