terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Educação ambiental

Mercado da Barceloneta

Nos hábitos corriqueiros, percebo que em alguns pontos os espanhóis estão mais ambientalmente conscientizados que os brasileiros. Só em alguns pontos! Por exemplo, aqui se usam poucas sacolas plásticas. Para ir às compras no supermercado ou na feira, geralmente se leva um carrinho. Em alguns mercados, há até um "estacionamento" para eles. No mercadinho aqui perco de casa, pagam-se 3 céntimos (uns 9 centavos) pela sacola plástica, uma forma de desestimular seu uso. Eu sempre pago pela sacola, pois ainda não aprendi a pegar o carrinho emprestado da Aleixa (minha mãe tinha um desses quando morávamos na 214 Sul).
Nas pastisserias, também não dão sacola para você guardar o pão, a não ser que você peça. É tudo enrolado em papel. Por outro lado, gasta-se papel demais pro meu gosto. Se você compra uma água no boteco, o garçom vai imprimir a conta e colocar no pratinho, na esperança de uma gorjeta. E os caixas eletrônicos sempre imprimem seu saldo bancário, mesmo sem você pedir. Um desperdício. Por falar nisso, aqui tem uns costumes um tanto antigos. Ao abrir uma conta, você recebe uma libreta, pra controlar sua movimentação bancária. Parece aquelas antigas cadernetas de poupança, que eu tinha uma quando era criança.
Aqui no bairro Gràcia, as ruas são bem limpinhas. O pessoal leva o cachorro pra passear com uma sacolinha ou papel para ir catando o cocô do bichinho de estimação. Ponto pros espanhóis. Em alguns Estados brasileiros isso é lei, mas acho que ela ainda não pegou.
Tá certo, eles são limpinhos em relação a cachorro, mas são nojentos quanto aos pombos. Deus me livre, pra mim pombo é porco de asas! Fiquei indigada quando visitei a Catedral de Tarragona e vi que o monumento está todo cagado. Esses dias me animei ao encontrar um comércio que vende feijão e outros grãos. Parei na porta quando vi o tanto de pombo que tem ali dentro. Ai, que nojo!
Sem falar na poluição sonora matutina em Gràcia. Aqui onde moro é super silencioso (acho que por isso tenho acordado tão tarde). Ruas estreitas, sem estacionamento, então passam poucos carros aqui. Mas todo dia de manhã, aparecem os "benditos" vendedores de gás de cozinha. Eles ficam batento no gás, um barulhinho irritante e intermitente. Que coisa mais ultrapassada. Não seria mais cômodo pro cliente telefonar e pedir um gás?
Coisas do Velho Mundo.

2 comentários:

Vanessa disse...

Pois lá no RJ as pessoas até hoje levam esses carrinhos para as feiras, sabia? Acho uma graça, me lembro da minha infância, rs...

Obs: Por que a senhorita não compra um para ti? É caro? Acho que vale a pena, héim! ;)

Liana Aguiar disse...

Que mané carrinho! Eu não, tô aqui a passeio. Rs.