sábado, 17 de dezembro de 2011

Livraria

Carrer Balmes

Fui a três unidades de uma grande cooperativa de livrarias da Catalunha até achar um livro que eu precisava. Em uma delas, quando saí de mãos abanando, um funcionário veio correndo atrás de mim, pedindo pra eu mostrar minha bolsa. De vez em quando isso acontece, mas acho que fiz uma cara de indignada tão grande, que depois ele ficou falando: "Ei, não precisa ficar com raiva, é só mostrar a bolsa e pronto". Em um país tão conivente com pequenos furtos, chega uma hora que nós, os honestos, nos cansamos de ser revistados e vigiados nos estabelecimentos comerciais.
Para quem não entendeu minha ira, explico: segundo a lei vigente, para furtos até 400 euros não há punição, porque são considerados falta, não delito. Os muito reincidentes pegos em flagrante até vão à delegacia. Assinam a papelada de praxe e voltam às ruas e comércios para furtar. São pegos tantas vezes, que muitos se tornam conhecidos dos policiais. Mas o que mais eles podem fazer, se é a lei? Talvez por isso, para os comerciantes, todo mundo é suspeito. Ou quase todo mundo.

1 comentário:

Vanessa disse...

Credo! Acho que não me acostumaria com isso! Para mim, é um absurdo constranger uma pessoa desse jeito! Já passei por isso uma vez e espero nunca mais passar de novo! Só não fiz um escândalo na época porque tentaram culpar um funcionário deficiente auditivo que nada tinha com a história, afe!